terça-feira, 9 de agosto de 2011

Continuando o cordel do TO...


Cordel do TO
Parte 2

Tem um fulano boa gente
Por ele tenho um carinho...
Oh! Conheço desde “pequenu”
Foi lá que cruzamos  caminho
A Márcia me apresentou
Um aperto de mão selou
Ele  é verso e estribilho

Tem outro que é mais recente
E tem a força de um leão
Quem o vê não imagina
As linhas de sua mão
Lava os rostos, pinta e cria
Na mais profunda sintonia
O seu grupo em expansão

Tem duas que se embrenharam
Nesse teatro-comunidade
Foram parar num Conto
Canto de felicidade
De ver delegado, mulher e bandido
Tudo junto, reunido
Para um fórum de verdade


Tem aquele radical
Que gosta de ir à raiz
Voa, surfa,  se desafia
Fez o que sempre quis
Coordena publicação de poesia
Adora o cheiro da maresia
Isso tudo... pra ser feliz.

  Continua....

Nado Gonçalves


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Cordel do TO


Codel do TO


PARTE 1
 
Cordel do to
Tudo o que vou contar
Foi de coisas que vivi
Pelas estradas da vida
Muita gente conheci
Gente forte , gente amiga
De luta, oprimida
Que nunca mais esqueci

Tem um que ri de si mesmo
E ri com vontade
Grande , forte , destemido
Izide o conhece com propriedade
Solta pipa, roda pião
Dança ciranda, dá a mão
As crianças da cidade

Tem outro que chegou mais tarde
Gosta de samba canção
E de soltar a voz do nada
Parece um caldeirão
Bicho solto, movimento
Cada um em cada tempo
Alma nova aposentada

Tem ainda  os que faltaram
E foram pegar pincel
Escolheram as suas cores
Como pintassem o seu céu
Quatro mãos em sintonia
Vivendo grande alegria
Nunca os vi tocar um Créu

Outro que me lembro
É quente como o Sol
Aproveita no sul da ilha
Os povos do Arrebol
Traz sua filha contente
Apresenta a toda a gente
A luta do bem e do mal

Revejo amiga das antiga
Ela chegando lentamente
Suas costas com cuidados
Nem tudo pode estar presente
Ai, ui, essa não posso
Eu sou de carne e osso
Oh, teatro diferente!

Tem duas com cara de índias
E vivem no mesmo teto
Capoeiristas de verdade
Tambor sempre por perto
Nas baladas da noite
Nas histórias de açoite
O mundo não é um deserto

Tem mais duas que chegaram de longe
Uma cuida da mente, outra da hora
O teatro as convida
Vamo embora...
Pra aprender mais um pouco
Desse teatro muito louco
Do fazer aqui , agora .

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Brasil sem miséria



Estive presente no lançamento do Programa Brasil sem Miséria no dia 02 de junho passado no Palácio do Planalto. Tiveram fala acho que 5 ou 6 pessoas. Além da Presidenta Dilma, que no discurso citou os nomes de Josué de Castro, Milton Santos, Caio Prado Jr, Florestan Fernandes, Herbert de Souza (Betinho), Lula. A cada nome citado uma onda de palmas e brilho de esperança nos nossos olhos. Mas a fala mais emocionante e mais ovacionada foi a da costureira, ex-dona de casa Neide, que muito à vontade diante de uma público de novecentas pessoas, entre elas governadores(a), prefeitos(a), ministros(a) contou de maneira muito clara como foi o processo que viveu desde que começou a receber o Bolsa Família até ter se tornado costureira e formado juntamente com outras mulheres costureiras uma cooperativa de Economia Solidária.
Sua fala era permeada de frases ora de orgulho pelo sucesso ora desafiadora ao se disponibilizar a participar de licitações públicas diante dos governadores e prefeitos presentes, afirmando na voz, na postura que era uma cidadã capaz, competente. Tive a impressão que sua fala foi a maior não somente em extensão mas na importância, foi o que deu sentido a aquilo tudo. Quanto ao projeto em si, precisamos mais do que nunca que a sociedade contribua. Não para a sua realização, que é tarefa do Estado, mas para a sua evolução até que este seja realmente um projeto afirmativo do povo para a sua emancipação...

Sandra Sangaletti - Rede de Educação Cidadã - Santa Catarina - Comissão Nacional representante da Região Sul.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Recid Macrossul 2011









Nesse mês de maio irá realizar-se em Florianópolis o Encontro Macro Sul da Rede de Educação Cidadã. O encontro. que acontece já há 8 ano.s deve reunir cerca de 50 educadores populares dos três estados da Região Sul do Brasil; além de educadores de outros estados que virão participar a atividade e  do Talher Nacional que acompanha os trabalhos da RECID em todo Brasil.
O objetivo desse encontro é avaliar o processo desenvolvido no último ano e planejar o próximo período tendo presente o projeto do Governo Federal de erradicação da pobreza no país. Na oportunidade haverá uma analise de conjuntura feita coletivamente que contará com a presença de representantes de movimentos sociais reconhecidos nacionalmente e de representantes do Governo Federal. Na sequência. os participantes trabalharão com Teatro do Oprimido, além de vivenciar canturias e danças populares da nossa cultura.



Sandra Sangaletti
RECID Santa Catarina
Comissão Organizadora do RECID MACROSSUL 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

RECID Santa Catarina promove Curso de Formação em Teatro do Oprimido






O Teatro do Oprimido é um método estético que reúne Exercícios, Jogos e Técnicas que objetivam a desmecanização física e intelectual de seus praticantes e a democratização do teatro, estabelecendo condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios de produzir teatro e amplie suas possibilidades de expressão, estabelecendo uma comunicação direta, ativa e propositiva entre espectadores e atores.
Nesse curso a Técnica do Teatro do Oprimido que será aplicada é o Teatro-Fórum, a mais praticada em todo mundo.Teatro Fórum é um espetáculo baseado em fatos reais, no qual os personagens oprimidos e opressores entram em conflito de forma clara e objetiva, na defesa de seus desejos e interesses, Neste confronto, o oprimido fracassa e o público é convidado a entrar em cena, substituir o Protagonista (oprimido) e buscar alternativas para o problema encenado.
O Curso tem por objetivo capacitar multiplicadores do Teatro do Oprimido (TO) para lideranças sindicais, comunitárias e estudantes do ensino de graduação e extensão em artes ênicas da UDESC.
O Objetivo maior é a apropriação e a utilização dos princípios metodológicos do TO para contribuir na ação política e fortalecimento das organizações sociais em suas estratégias de ações coletivas de um projeto de transformação social.
O curso é constituido de 30 horas cada; quatro horas mensais de atividades supervisionadas para companhamento do trabalho de base na comunidade; um momento de extensão denominado oficina intensiva de 16 horas com o grupo de base dos grupos constituídos nas comunidades que somada ao trabalho na base (em comunidades ou em organizações sociais ou sindicais) totalizam uma carga horária de cerca de 180 horas. Em novembro está prevista uma mostra de teatro com a apresentação das criações teatrais dos grupos comunitários.
Este projeto está sendo realizado pelo Centro de Teatro do Oprimido (CTO) e FOFA/UDESC com o apoio da RECID Santa Catarina e de diversos sindicatos sendo o Sindicato dos trabalhadores do Serviço Público Federal de Santa Catarina (SINTRAFESC), Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Florianópolis (SINTRASEM), Sindicato dos Eletricitários (SINERGIA), Sindicato dos Empregados do Comércio de Florianópolis (SEC-Floripa).

quarta-feira, 2 de março de 2011

Militante de Direitos Humanos é brutalmente assassinado no Tocantins


Sebastião Bezerra da Silva, coordenador do Centro de Direitos Humanos de Cristalândia (TO) e secretário da Regional Centro-Oeste do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) foi brutalmente assassinado no último fim de semana.

Encontrado na madrugada desta segunda-feira enterrado na área de uma fazenda no município de Dueré (228 km de Palmas), o corpo de Sebastião apresentava sinais de violência em várias partes, de acordo com a polícia.

Representante regional do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Silva atuou em casos polêmicos no Estado, como a denúncia contra policiais militares por prática de tortura e assassinatos. Mais recentemente, esteve envolvido na apuração da responsabilidade sobre o linchamento de um preso numa delegacia do interior.

De acordo com relatos de membros da CDH e do coordenador da CPT (Comissão Pastoral da Terra) no Tocantins, Silvano Lima Rezende, Silva teve alguns dedos das mãos quebrados, dedos dos pés arrancados e havia sinais de agulhadas sob as unhas das mãos.

A vítima vinha relatando aos companheiros que estava recebendo ameaças constantes por telefone. Acredita-se que o caso tenha motivação de vingança pelas ações que o Movimento de Direitos Humanos vem desenvolvendo na região onde ele atuava.

Veja a Nota de Pesar no MNDH.

Texto escrito com informações da Folha, CPT-Rondônia e site do MNDH copiado e colado do site da redicfloripa.blogspot.com

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

RECID - Pé dentro, pé fora na ciranda da Educação Popular

QUARTA-FEIRA, 8 DE DEZEMBRO DE 2010


Carta aos Recidianos


Luziânia GO, 8 de dezembro de 2010.







Amigos recidianos de todo o Brasl.

Fazemos esse breve relato para que possam também vocês que não estão aqui, entenderem pelo menos um pouco ou uma pequena parte doque tem sido a 3ª Ciranda de Educação Cidadã e 10º Encontro Nacional da RECID.

O dia de hoje teve incício bem cedinho. Logo depois de tomar esse maravilhoso café preparado com muito amor pelas companheiras daqui da Cháraca do CIMI fomos visitar a nosso pé de Cajamanga. Lembram de tê-la plantado na 2ª Ciranda? Pos bem, hoje, nós cirandeir@s, reforçados pela energia dos companheiros participantes do 10º Encontro Nacional fomos olhar para nossa obra – nossa Cajamanga.

Juntos vivenciamos aquele momento de contemplação, e sabem de uma coisa?Percebemos que já eramos outros, não só em virtude de estarmos agora em maior número do que na ocasião em que a plantamos, mas porque percebems que nos transformamos depois daquilo.Somos educadores enriquecidos pelas experiências que vivemos desde então. Somos outros por termos acumulado conhecimento, prático e teórico. Porque é assim esse processo dialético de contrução do conhecimento:um pouco fora um pouco dentro. Somos fazedores de mundo; fazedores e cuidadores e como tal cuidamos de nossa Cajamanga, nossa Sistematização, nós e outros. Nossotr@s .

Assim com o compromisso de quem conhece seu papel de protagonistas da história nos debruçamos diante do mundo para entendê-lo e para agir nele, foi o dia da Análise da conjuntura.
Compartilhamos muitos olhares e sentimentos contraditórios em alguns momentos mas todos explicáveis coerentemente se aceitarmos o ponto de vista do outro, que também é e faz mundo.
No mais está muito parecido com a 2ª Ciranda:Plenária critica, assessessoria competente, coordenação simpática ....concluíndo, concluíndo...e reunião, reunião...
E no final do dia ainda tem avaliação!

Por vezes exaurimos nossas forças, mas sabemos que tudo isso é necessário para fazermos nossa sistematização.


Sandra Sangaletti - Integrante da Rede de Educação Cidadã de Santa Catarina